Reino Unido, EUA, França, China, Espanha e Alemanha são os países que se revelam mais recetivos à compra online de marcas e produtos portugueses, mostra o estudo “Top 20 Principais Economias na área de comércio eletrónico e de maior potencial de adesão aos produtos nacionais”, o mais recente relatório sobre economia digital, promovido pela ACEPI (Associação Portuguesa da Economia Digital).
O objetivo é disponibilizar informação útil para os empresários portugueses que pretendam apostar na digitalização dos seus negócios, até porque, de acordo com os dados anuais da associação, atualmente ainda só 40% das empresas portuguesas têm presença na internet e, dessas, apenas 18% estão a vender online.
Na apresentação pública deste estudo, Alexandre Nilo da Fonseca, Presidente da da ACEPI, realçou a utilidade do relatório, na medida em que permite perceber, no âmbito geral, quais os mercados digitais mais favoráveis aos produtos portugueses e, num âmbito mais estrito, quais os produtos mais procurados em cada um.
Para o Presidente da ACEPI, o online representa uma oportunidade única: “Nunca antes foi tão fácil para as empresas portuguesas apresentarem-se ao mundo.”, afirmou, relembrando que o comércio eletrónico tem menos custos e enfrenta menos barreiras que os canais físicos, está acessível ao cliente 24/7 dias por semana e permite à empresa vender em vários mercados-alvo ao mesmo tempo.
No seu conjunto, os 20 países identificados no estudo “Top 20 Principais Economias na área de comércio eletrónico e de maior potencial de adesão aos produtos nacionais” representam cerca de 80% do PIB e 55% da população mundiais – ou seja, uma ampla percentagem de potenciais consumidores para as pequenas e médias empresas portuguesas explorarem online.
Em relação aos produtos que poderão ter maior procura, são mencionados, em primeiro lugar, os equipamentos elétricos e eletrónicos, seguindo-se, em mercados como Espanha França, Alemanha e Reino Unido, mas também Estados Unidos, Holanda, Suécia, Bélgica e Suíça, os seguintes segmentos: produtos alimentares (21,4%), vestuário (18%), mobiliário e decoração (16%); calçado e acessórios (12%) e, finalmente, têxteis (9,1%).
Para a identificação dos mercados online com maior potencial do ponto de vista das empresas nacionais, foram tidos em conta diversos fatores, como a população e utilização da internet, o nível de compras online, os meios de pagamento mais utilizados, as condições de distribuição e serviços postais, a utilização de tecnologia nas empresas, a legislação e regulação, a fiscalidade e o nível de maturidade da economia digital de cada país, mas também o perfil e volume das exportações portuguesas, inclusive por canais tradicionais.
O estudo “Top 20 Principais Economias na área de comércio eletrónico e de maior potencial de adesão aos produtos nacionais” enquadra-se no esforço da ACEPI, no sentido de facilitar ferramentas para a entrada das empresas portuguesas na economia digital.
No mesmo âmbito enquadra-se o programa ComércioDigital.pt, iniciativa promovida em parceria com a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), apoiada pelo Governo e cofinanciada pelo Compete 2020, Portugal 2020 e EU-FEDER, com o objetivo de digitalizar, até 2020, 50 mil micro, pequenas e médias empresas, dos setores do comércio e serviços.
Para consultar o relatório “Top 20 Principais Economias na área de comércio eletrónico e de maior potencial de adesão aos produtos nacionais”, aceda aqui